Uma doença inflamatória e crônica que pode ocorrer em pessoas de qualquer idade. O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), ou apenas Lúpus, é tema de diversas ações no dia 10 de maio - Dia Internacional de Atenção à Pessoa com Lúpus. Um alerta a população sobre os sintomas da doença e a importância da detecção precoce.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, estimativas indicam que existam cerca de 65.000 pessoas com lúpus, sendo a maioria mulheres. Desta forma, uma a cada 1.700 mulheres no Brasil possui a doença.
Existem dois tipos principais de Lúpus: cutâneo e sistêmico. O cutâneo se manifesta apenas com manchas na pele, geralmente avermelhadas em áreas que ficam expostas à luz do sol. Já o sistêmico afeta um ou mais órgãos internos, como por exemplo inflamação nos rins, coração e olhos. O diagnóstico é feito através de uma análise clínica dos sintomas e também através de exames e testes laboratoriais.
A Médica Reumatologista Fernanda Guidolin explica que o Lúpus faz parte do grupo das doenças autoimunes. "Uma doença autoimune é uma condição em que o sistema imunológico, que normalmente defende o nosso corpo de infecções, passa a atacar o próprio organismo". Com o tratamento adequado, o paciente com Lúpus pode ter um controle da doença, o que contribui diretamente na qualidade de vida, salienta Fernanda Guidolin.
O tratamento da patologia varia de acordo com o tipo de manifestação apresentada pelo paciente. Os sintomas mais frequentes são lesões na pele, inflamações nas articulações e alterações neuro-psiquiátricas. Segundo a Médica Reumatologista deve ser feito de maneira individualizada. "A pessoa com Lúpus pode necessitar de um, dois ou mais medicamentos em uma fase ativa da doença e, poucos ou nenhum medicamento em fases de remissão". Mesmo em fases em que não apresentar sintomas, é importante que o paciente permaneça realizando um acompanhamento médico contínuo.
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