Caminhoneiros do RS não devem aderir à paralisação nacional nesta quarta-feira


Os caminhoneiros do Rio Grande do Sul não devem aderir à paralisação da categoria, programada para esta quarta-feira, 20, em nível nacional. Segundo André Costa, presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Rio Grande do Sul (Fecam), "no momento, não haverá movimentos bruscos, extremados ou em paralelo com outras categorias".

A paralisação foi anunciada pelo presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Walace Landim. A ideia inicial era permitir o acompanhamento da votação, no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a constitucionalidade da tabela do frete. A sessão, porém, acabou suspensa a pedido da Advocacia Geral da União (AGU).

Uma reunião de conciliação foi agendada para 10 de março pelo ministro do STF, Luiz Fux. O adiamento da votação desagradou os caminhoneiros, que decidiram manter a paralisação em protesto, conforme Landim.

No Estado, Costa criticou a manifestação. Conforme o presidente da Fecam, transporte é assunto sério. "Se a cada tropeço se fizer uma greve, é melhor então mudar de profissão. O caminhoneiro tem maturidade e está acompanhando diretamente as negociações por meio de suas entidades representativas e acredita que esse problema do piso mínimo terá solução definitiva ainda nesse primeiro semestre".

Tabela de preços mínimos
A edição de uma tabela de preços mínimos de frete foi uma das principais concessões feitas pelo governo do presidente Michel Temer para encerrar a greve nacional de caminhoneiros, que durou 11 dias. A paralisação, em maio de 2018, causou grave crise de desabastecimento em vários setores e parou o País. O instrumento continua em vigor.

O ministro Luiz Fux é relator de três ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) contra a medida. As ações foram movidas pela Associação do Transporte Rodoviário do Brasil (ATR Brasil), que representa as transportadoras, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

FONTE: Rádio Guaíba

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